Thursday, November 30, 2006

who am i ?...


Tu não me conheces, não conheces os meus passos, escondes o meu sorriso…foges de mim! Quando olho é como se não te visse. Porquê? … porque te escondes no mais recôndito lugar de mim mesma? Só te queria ver, para perceber como isto tudo funciona…! Acordar sem saber de ti, é acordar no maior dos nevoeiros, com medo do passo a seguir. Porquê coração… porque me das o amanha se não consigo viver o hoje? Dás-me folhas brancas para preencher das quais faço barquinhos de papel, porque nada tenho para contar e as ondas descrevem-me na perfeição… és viciante como um livro de paginas e paginas e mais paginas ainda, por sinal, gastas mas que no entanto eu nunca desfolhei, confessando minha fraqueza por não conseguir deixar de as folhear…! Eu estou aqui, mas tu roubas-me a vontade, tiras-me de mim de tal forma que eu perdi-me contigo perdendo-me de mim. Parece confuso mas é tão fácil, basta perceberes que eu também tenho razão…
Com tudo isto caí no abismo do silencio, no mundo da linguagem sem voz, na incapacidade de soletrar a mais ínfima das palavras… não tomes tudo isto como um murmúrio de tua culpa, como uma penitencia, mas sim como um pedido de ajuda numa vontade desacerbada de te dar a mão.
Queria que me percebesses e soubesses de cada lugar meu, cada pedacinho do meu mundo de forma a podermos andar em uníssono. Queria de ti aquilo que não quero de ninguém e preciso de ti como jamais precisarei de alguém…ninguém sabe de mim, nem mesmo eu!
Por um dia que seja, esquece-te da janela aberta, da portada por fechar ou das chaves caídas no jardim… não tenhas medo, eu só quero ver a sombra do teu rosto…
Podes não acreditar, mas não é possível funcionarmos para todo o sempre sem sabermos um do outro, vai chegar o dia em que vamos querer recuar e voltar a trás e não vai ser possível porque nosso rasto perdeu-se na poeira dos nossos sentimentos…
Não deixes chegar esse dia, eu imploro-te…não te deixes ficar pela companhia da minha solidão, impede-me de chegar á mediocridade do ser que se culpa pela sua própria solidão e pela ausência de si mesmo.
Acorda-me e deixa-me ser eu, ou então na pior das tuas vontades deixa-me sonhar que um dia vou ser capaz de dizer tudo isto que não consigo transparecer, de me sentir em mim mesma e que os outros me sintam…vou ser capaz de dizer o quanto gosto de ti!
Só te peço coração, que não pares… dá-nos pelo menos uma oportunidade, deixa-me ver o mundo lá fora nem por um escasso segundo que seja.
Vou dormir, talvez sonhe…mas aviso desde já que só quero ser acordada por ti…!

2 comments:

meia leca said...

lindo peqna sofia... (fui inconfidente?=| talvez.. mas uma composiçao destas nao merece, de todo, ficar no anonimato)
**
saudade das nossas (ja qase perdidas) noites de verao, no jardim=))

(ines madanelo)

meia leca said...

pq nao escreves mais?:( qero te ler...
va, vai me dando essa prendinha de Natal às prestaçoes, pf**

um beijinho*